Comparativo Honda HRV Suzuki Jimny Suzuki Vitara

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A Turbo mudou o artigo de sitio e deixo o novo link e vou copiar o texto para que não se perca no futuro
O HR-V tem a melhor pontuação em todos os itens, excepto no preço.



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Comparativo - Os jipes mais baratos
20/ Março/2001 17:32
Se procura um veículo para dar umas “escapadelas” até à praia, fazer uns passeios de fim de semana e ao mesmo tempo circular na cidade, ficam aqui algumas sugestões
Apresentamos quatro propostas diferentes no segmento dos pequenos jipes:

Carroçaria

Daihatsu Terios 6/10
Honda HRV 7/10
Suzuki Jimny 6/10
Suzuki Vitara 6/10

Aceitando a máxima popular que diz que “tudo o que é pequenino é bonito”, estaríamos em presença de quatro bonitos jipes. Porém, isso não é totalmente verdade. Se o Honda HRV se aproxima bastante de uma berlina (a parte traseira é demasiado parecida com o Volvo S70…) os restantes adoptam a fisionomia dos todo-o-terreno com o mais feliz a ser o Vitara. É verdade, o “velhinho” Suzuki é mais agradável à vista que o seu irmão mais novo, o Jimny. Quanto ao Daihatsu, é demasiado estreito.
Bom, mas como gostos não se discutem, passemos a uma análise mais objectiva. No cômputo geral deste item, o HRV é o melhor. Possui a melhor qualidade de construção (nos restantes existem falhas pouco admissíveis) e a melhor aerodinâmica. Outra coisa não seria de esperar de um automóvel “arregaçado” e travestido de jipe. As cinco portas do Terios dão-lhe a vitória na acessibilidade, pois nos restantes é difícil aceder aos exíguos lugares traseiros.
Incompreensível é a ausência de airbags no Suzuki Vitara. Até o Jimny os oferece de origem, bem como o Terios e o Honda. O facto de estar dotado de ABS com repartidor electrónico de travagem, dá ao Honda uma enorme supremacia sobre os restantes, os quais apresentam “apenas” um comum sistema de travagem mista discos/tambores.
Ridícula em todos é a capacidade da bagageira. O Terios não oferece mais de 220 litros (560 com os bancos rebatidos), os Suzuki não vão além dos 113/286 (Jimny) e 109/390 litros (Vitara) sendo o HRV o mais generoso com 285 litros.


Interior

Daihatsu Terios 5/10
Honda HRV 6/10
Suzuki Jimny 5/10
Suzuki Vitara 5/10

Sendo o maior, o Honda HRV é o mais espaçoso. Pelo menos para os passageiros dos bancos da frente, pois atrás, o espaço para as pernas é muito reduzido e em largura é impossível colocar mais de duas pessoas. Aliás, o interior do HRV é mal explorado, pois às dimensões mais generosas não corresponde uma habitabilidade referencial nem uma bagageira generosa.
No Daihatsu Terios e no Suzuki Jimny é inevitável “embirrarmos” com a porta, tal a falta de espaço em largura, sendo esta uma situação preocupante para condutores de maior gabarito. É que na Europa, nem todos têm o tamanho dos japoneses… O Vitara continua imutável, ou seja, espaço apenas suficiente à frente (pelo menos não“dialogamos” com a porta) e uns simbólicos dois lugares atrás nesta versão de apenas duas portas.
Consequência de tudo isto é a melhor posição de condução para o HRV (banco e volante reguláveis), muito próximo daquilo que oferece um Civic, seguido do Vitara. Em último seguem os mais acanhados Jimny e Terios.

Não disponíveis de série com ar condicionado, os dois Suzuki ficam aquém do Honda e do Daihatsu no capítulo da climatização, fazendo todos jogo igual em termos de visibilidade. Que, registe-se, não é brilhante em nenhum. O reflexo da menor qualidade de construção que apontámos no item “Carroçaria” está evidente no ruído. Se o HRV se comporta como um automóvel, com valores razoáveis e dentro dos padrões aceitáveis, os restantes deixam a desejar. Se o ritmo imposto não vai além dos 100 km/h e os percursos são iminentemente citadinos, tudo decorre sem problemas. Mas quando nos aventuramos em viagens onde as exigências em termos de rapidez são maiores, torna-se insuportável o ambiente a bordo, nomeadamente no Jimny e no Terios. O motor diesel do Vitara coloca ainda mais problemas, pois a insonorizarão é deficiente.
Curtos, com distâncias entre eixos muito pequenas e suspensões muito duras, é impossível esperar níveis de conforto elevados. Aliás, nem isso se espera de um veículo que está dimensionado para pequenos trajectos onde os passageiros nem “aquecem” o lugar… O melhor é, naturalmente, o Honda HRV devido ao bom amortecimento e à maior distância entre eixos. Ainda assim, nos pisos fora-de-estrada ficámos algo desiludidos com os saltos que provoca. Neste particular, o Suzuki Jimny é um verdadeiro “canguru”. Em algumas situações fora-de-estrada será preciso algum cuidado para não perder o controlo. Menos “saltitões”, Daihatsu Terios e Suzuki Vitara cumprem mas sem igualarem o conforto do HRV.


Ao volante

Daihatsu Terios 6/10
Honda HRV 7/10
Suzuki Jimny 6/10
Suzuki Vitara 6/10

Esta é a classificação global para este item, pois se dividirmos o “Ao volante” em estrada e fora-de-estrada, a classificação seria bem diversa. Tudo porque o HRV não é, manifestamente, um jipe. Longe disso. É um híbrido que assume ares de TT, mas que mantém uma base automóvel. Basta olhar para os pneus e para a reduzida altura ao solo ou até mesmo para o sistema de tracção “Dual Pump” (o mesmo que o “Real Time” do CRV). No alcatrão, o Honda é muito divertido de conduzir, seguro o suficiente para abusarmos em alguns locais. A direcção está bem assistida e permite alguma descontracção. Na travagem, o sistema de quatro discos com ABS e sistema de repartição de travagem electrónica é uma vantagem decisiva para os restantes. No todo-o-terreno, o discurso muda de figura: pouca aderência (pneus inadaptados), embraiagem pouco resistente aos esforços e altura ao solo reduzida inviabilizam incursões mais destemidas em pisos difíceis.
Neste particular destacamos o Terios. Com tracção integral de origem, o Daihatsu joga com o bloqueio do diferencial central para ultrapassar obstáculos e certos pisos que, à primeira vista, seriam impossíveis de vencer. O baixo peso e a boa altura ao solo são atributos que não devem ser esquecidos
Únicos com caixa de transferências, os dois Suzuki deixam sentimentos diferentes. O Vitara com motor turbodiesel desenvencilha-se de forma espectacular da maior parte dos obstáculos e o frequente recurso às “redutoras” dá-lhe capacidades inesperadas num veículo de tão reduzidas dimensões. O Jimny revela maiores limitações em mais exigentes situações. Muito leve e com pneus inadequados, o sistema de tracção necessita de alguma técnica para que o condutor possa vencer os obstáculos. Mesmo assim, é melhor que o HRV… O reverso da medalha está no alcatrão. Capazes de rolar em velocidades de cruzeiro em redor dos 100 km/h, quando deles se exige mais tudo se complica. A sensibilidade ao vento lateral é enorme e perto dos limites é algo complicado o seu domínio.


Mecânica

Daihatsu Terios 7/10
Honda HRV 7/10
Suzuki Jimny 6/10
Suzuki Vitara 7/10

Pequenos por fora, por dentro e, também, nas motorizações. E se a menor estatura não vem da cilindrada (Jimny e Terios com blocos de 1.3 litros) vem da potência (Vitara TD com 1.9 litros e só 75 CV). O “outsider” é o Honda com o seu bloco 1.6 multiválvulas e 105 CV. Acoplado a uma caixa de cinco velocidades bem escalonada e ao “Dual Pump” (sistema 4x4 de acoplamento viscoso que transfere a potência para onde ela é mais necessária), a mecânica do HRV é superior a todos os outros. Perde, contudo, no capítulo da aderência e tracção, por via dos pneus. Por este conjunto de razões, gostámos bastante do Honda HRV e das soluções que os técnicos da marca introduziram. Pena a falta de adequação ao todo-o-terreno mais duro.
Os verdadeiros “mini-jipes” utilizam blocos mais comedidos. O Suzuki Jimny tem uma potência de 80 CV extraídos do bloco de 1.3 litros, o que conjugado com um peso pluma (1020 kg) autoriza prestações interessantes. O mesmo acontece com o Daihatsu Terios, também ele equipado com um bloco de 1.3 litros e uma potência de 83 CV. Com um peso semelhante ao Jimny, a maior agradabilidade de exploração e uma caixa mais bem escalonada permite-lhe ser mais rápido e, numa apreciação meramente sensorial, mais interessante. Aliás, as retomadas de aceleração são melhores no Terios que no Jimny.
Quanto ao Vitara, a aplicação do motor turbodiesel de origem PSA não foi de todo conseguida. Pouca potência para um motor tão grande (1.9 litros e apenas 73 CV) impedem grande desenvoltura sendo claramente o mais lento de todos, embora a velocidade máxima supere a dos Jimny e do Terios. A grande vantagem está no binário e no desempenho fora de estrada. Mas, para os apreciadores, a opção terá de ir para o Vitara JR com o bloco de 2 litros e 86 CV.


Economia

Daihatsu Terios 5/10
Honda HRV 6/10
Suzuki Jimny 7/10
Suzuki Vitara 5/10

O preço espectacular do Jimny é argumento mais que suficiente para vencer este item. Menos 850 contos que o Vitara TD e o Terios e menos 1050 contos que o HRV são razões evidentes para a escolha. É graças a este preço que o Jimny encaixa na perfeição na definição que estabelecemos no início. É um investimento comedido para ter na casa de praia, ou para oferecer à esposa ou ao filho que está na faculdade.
Apesar de ser o mais caro, o Honda HRV justifica o preço pelo que oferece; um motor de 1.6 litros, uma estética apelativa e um conjunto de qualidades interessantes, de onde destacamos a qualidade de construção e o comportamento. Com um preço inferior em apenas 200 contos, o Terios joga muito com o equipamento e a imagem que tem entre o público feminino, pois comparativamente ao HRV e ao Jimny está algo desfavorecido. Igualmente elevado é o valor pedido pelo Vitara TD, se percebermos que os airbags não existem nem como opcional e a habitabilidade não é a melhor.

Texto José Manuel Costa
Fotos Adelino Gonçalves

Excelente actualização Bom pra ficar a conhecer mlh as máquinas q se tem e poder comparar, prós indecisos sobre os H´s têm aqui mt info